Escondida debaixo dos balcões das lojas ou atrás de um telefonema não feito?
Disfarçada em um olhar de desprezo enquanto os lábios tentam balbuciar palavras decoradas de boas-vindas?
Esquecida nas garagens, nas esquinas, nos sinais?
Vertida bueiros adentro, com pressa para não ver a dor que é?
Guardada no fundo daquela caixa de lembranças adolescentes, onde o sonho amarelou e as palavras se apagaram?
Escorrida nas lágrimas de um coração machucado?
Adoecida e entregue lânguida aos braços de um leito qualquer?
Morrida, sem cor, abatida pela esperança que nunca chega?
Sem que eu possa vê-la em mil lugares, me basta o sorriso torto e tímido de um dia. Desses lábios que um dia, houve certeza.
Bonito, Isabela...
ResponderExcluirVirei aqui mais vezes ler.
Eu também tenho um blog, se um dia quiser visitar, meu português não é erudito para não dizer que é pobre mas o que importa é quando as palavras saem do coração e tenha acolhida nos corações dos outros, não é mesmo? O endereço é http://quadrosblog.blogspot.com
Beijão
Adans.