O Marido me critica pelas inúmeras vezes que deixo as coisas destampadas (não exatamente destampadas, e sim, desatarrachadas).
Procuro alguma justificativa, dentre tantas do meu vasto repertório e emendo: - Minha mão está fraca... Devo estar com Parkinson.
Ele: - Parkinson??? Você está com Lerdison, isso sim!
segunda-feira, 30 de maio de 2011
sexta-feira, 20 de maio de 2011
17 horas de trabalho de parto
O Marido levanta-se e pega o menino no berço que conversa num volume consideravelmente alto com o seu palhaço às seis da matina. Coloca-os na nossa cama, e o converseiro continua. Enquanto eu tentava me espreguiçar no meio de tantos cobertores e pés de menino e palhaço na minha cara, me apercebo da hora que já se ia. Num pulo, rosto lavado, todos os brinquedos espalhados pelo meu quarto e o menino grudado no interfone falando com sua titia fictícia, de sapato (calçado pelo próprio) em cima do sofá branco. Intrigada com a agilidade dele, mas sendo necessária uma retaliação no momento, pergunto: - Menino, você tem dez dentro de você, hein? O que você está pensando??? Ele me responde: - Mamãe, te-amo!!!
(17 horas de trabalho de parto?!?!?! Tiro de letra!)
(17 horas de trabalho de parto?!?!?! Tiro de letra!)
terça-feira, 17 de maio de 2011
Boneca de Orobó
Aqui o tempo não passou.
Ainda ouço o assovio avisando da chegada de sabores embrulhadinhos em papéis coloridos
Um tilintar de chaves colocadas em cima da prateleira e o destralhar de tudo para ser livre somente pra mim.
Ainda vejo a luz penetrante de seus olhos moles e um sorriso branco maior que todo o universo a dar gargalhadas ao ouvir a confissão de que a Cuca era eu.
Ainda sinto esse enorme colo de avô e o carinho na alma feito pelas suas histórias na hora de dormir.
Ainda sinto o sopro quente a bafejar nos cortes e ralados, e que hoje, no cruel andar dos dias, ainda me cura de todos os machucadinhos.
Ainda ouço o assovio avisando da chegada de sabores embrulhadinhos em papéis coloridos
Um tilintar de chaves colocadas em cima da prateleira e o destralhar de tudo para ser livre somente pra mim.
Ainda vejo a luz penetrante de seus olhos moles e um sorriso branco maior que todo o universo a dar gargalhadas ao ouvir a confissão de que a Cuca era eu.
Ainda sinto esse enorme colo de avô e o carinho na alma feito pelas suas histórias na hora de dormir.
Ainda sinto o sopro quente a bafejar nos cortes e ralados, e que hoje, no cruel andar dos dias, ainda me cura de todos os machucadinhos.
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